Powered By Blogger

terça-feira, 10 de maio de 2011

Trabalho interdisciplinar de História

Crise Religiosa - Reforma Protestante
As causas que levaram a esta crise religiosa foram o domínio da igreja católica sobre a sociedade europeia, o clero vive no luxo e na opulência em contraste ao ideal de pobreza que pregava, a corrupção e imoralidade por parte dos clérigos e a renúncia ao apelo dos humanistas à recondução da pureza inicial do Cristianismo.
A rebelião de Martinho Lutero
        Em 1513, o papa Leão X pede aos fiéis que contribuíssem com dinheiro para as obras  da Basílica de S. Pedro;
        Em troca os fiéis recebiam uma bula de indulgências, que declarava o perdão das almas do purgatório;
        No ano de 1517, Martinho Lutero, tomou uma posição pública contra a doutrina das indulgências, numa proclamação conhecida como as Noventa e Cinco Teses.
  
 O Reformismo Protestante
        Martinho Lutero criticou a ideia de que o homem só poderia alcançar a salvação eterna através da prática de boas obras e da mediação do clero;
        Para Martinho Lutero o fundamental  era a fé, isto é, o homem só se salva se tiver fé – acreditar em Cristo e na sua palavra era fundamental;
        Por isso traduziu a Bíblia para alemão para que cada crente a pudesse ler;
        O culto deve limitar-se à leitura da Bíblia e ao cântico de hinos;
        Reduziu os sacramentos, mantendo apenas o baptismo e a comunhão e aboliu o culto dos santos e da Virgem Maria;
        Defendeu a extinção das ordens monásticas, do celibato eclesiástico;
        Estabeleceu que a Igreja não deveria possuir propriedades.






Muitos Príncipes alemães apoiaram o luteranismo, seduzidos pela possibilidade de se apropriarem dos bens da igreja. As ideias de Martinho Lutero deram início à Reforma Protestante.

Três pilares da doutrina Cristã
        Justificação pela fé – a pessoa é salva por meio da fé e não pelas obras que pratica;
        Sacerdócio Universal – todos os crentes podem interpretar os textos sagrados por si mesmos;
        Negação da infalibilidade da igreja – a única fonte da verdade é a Bíblia, e não a tradição ensinada pela igreja.
Diversidade dos cleros
        Durante a primeira metade do século XVI, a vontade de aproximação à doutrina original de cristianismo, concretizou-se na Reforma, em que se inclui o luteranismo, o calvinismo e o anglicanismo.  
                                                         Luteranismo
Protestantes                                  Calvinismo
                                                                       Anglicanismo
Ø  Calvinismo
        Difundiu-se sobretudo na Holanda, na Escócia e em algumas regiões da França;
        Defendia que a única fonte de fé é a Bíblia mas a interpretada por Calvino;
        Na eucaristia Cristo só está presente em espírito;
        O Estado era absorvido pela igreja Calvinista;
        Os pastores são designados pelos féis e a hierarquia abolida.
Ø  Anglicanismo
        Em Inglaterra a reforma surge no desejo de divórcio do rei Henrique VIII;
        Invocando a falta de um sucessor varão, pediu ao Papa Clemente VII que autorizasse o divórcio com Catarina de Aragão para contrair casamento com Ana Bolena;
        Vendo o seu pedido negado, proclamou em 1534, o Acto de Supremacia, segundo o qual “o rei passava a ser o único chefe suprema da Igreja de Inglaterra.
        O Anglicanismo procurava conciliar princípios católicos e calvinistas;
        Entre os demais princípios anglicanismo previa: a primazia das escrituras como fonte de fé,  a Bíblia interpretada pelos Bispos e a abolição do celibato dos padres.

Divisão da Europa no século XVI
        Católicos – Portugal, Espanha, França Itália entre outros;
        Luteranos – Alemanha;
        Calvinismo – Holanda, Escócia e em algumas regiões da França;
        Na Inglaterra em 1534 o Rei Henrique VIII fundou a Igreja Anglicana da qual se tornou chefe supremo,
 A grande ruptura é entre Católicos e Protestante o que vai originar confrontos muito violentos

Contra-Reforma e Reforma Católica
Concílio de Trento (1545 – 1563);
        O Papa Paulo III convocou todos os Bispos para discutir a reforma da Igreja em resposta às criticas dos protestantes e decidiu:
        Condenar o protestantismo;
        Reafirmar os dogmas da Igreja (valor das indulgências e dos sete sacramentos, reforço do culto da virgem e dos santos);
        Reforma dos costumes (criação de seminários, confirmação da excelência do celibato;
        Preparação de uma lista dos livros proibidos;
        A Igreja Católica utilizou ainda dois instrumentos de combate ao reformismo: O Index e a Inquisição.
O caso peninsular
        A Península Ibérica permaneceu quase impenetrável ao reformismo protestante;
        Em 1492 os reis Católicos de Espanha reactivaram a inquisição e decretaram a expulsão dos Judeus. Muitos destes Judeus foram recebidos em Portugal por D. João II;
        Em 1496 o rei D. Manuel, pressionado pelos reis de Espanha, seus sogros, decreta a expulsão dos Judeus e o baptismo forçado de todos os menores de 14 anos e daqueles que não partissem para o estrangeiro, formando-se um novo grupo, os Cristãos-novos;
        Apesar de convertidos os Cristão-novos foram torturados e condenados em cerimónias públicas, chamados autos-da-fé pela inquisição introduzida em Portugal no reinado de D. João III.




A estagnação cultural
        Com a cultura severamente controlada, através do Index, muitos humanistas como Damião de Góis, foram perseguidos e muitas obras literárias do século XVI foram alteradas ou mesmo proibidas pela inquisição;
        A Companhia de Jesus criou diversos colégios e universidades, como forma a travar o espírito renascentista e travar a penetração do reformismo protestante na Península Ibérica.

Sem comentários:

Enviar um comentário